sexta-feira, 9 de março de 2012

Doação de órgãos

Saiba como ser um doador.

"Eu quero ser doador". Basta deixar claro para sua família que, em caso de uma fatalidade, você deseja doar seus órgãos, para que sua atitude salve a vida de outras pessoas. Tanto na quantidade de doadores quanto no número de transplantes realizados, o Brasil apresenta avanços. Mas é preciso mais.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, "o país registra uma taxa de 11,1 doadores por milhão de pessoas. São cerca de 2 mil doações por ano, mais que o dobro da quantidade registrada em 2003, quando foram contabilizados 893 doadores efetivos. Em 2010, a doação de órgãos foi de 1.896 e, espera-se atingir até dezembro deste ano, 2.144 doações".
Por conta disso, aumentou para 10% o número de transplantes realizados entre o primeiro semestre de 2010 com o mesmo período deste ano. O ano passado foram 10.150, passando para 11.242 contabilizados até junho de 2011. A projeção do Ministério da Saúde é que, até o fim deste ano, sejam realizados mais de 23 mil transplantes no país.
Na noite de terça-feira (27/09), data em que se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou em Brasília uma campanha de incentivo a doações de órgãos. Sob o tema "Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas", procura conscientizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para transplantes. Com o projeto, o governo federal pretende alcançar a taxa de 15 doadores por milhão de pessoas até 2015.
Saiba como ser doador
Coração, fígado, rim, medula óssea estão entre os órgãos e tecidos que podem ser doados. A doação pode ocorrer a partir do momento da constatação de morte encefálica, sendo retirados uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas. É importante lembrar que alguns órgãos podem ser doados em vida, como o rim, uma parte do fígado, pâncreas ou pulmão, ou um tecido como a medula óssea. Para ser doador, o passo principal é conversar com familiares para que fiquem cientes de sua vontade caso venha a falecer, isso sem precisar deixar nenhum documento por escrito.
Quem vai ser o receptor dos órgãos?
Quando ocorre a morte e os parentes informam sobre o desejo do paciente que entrou em óbito em ser doador, a Central de Transplantes é comunicada e avalia nos cadastros técnicos as informações de quem está na fila esperando um órgão. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida por exames de compatibilidade entre o doador e o receptor. Por esse motivo, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a receber o órgão.
Em vida, o cidadão pode ser doador se avaliado pelo médico que o ato não comprometerá sua saúde e aptidões vitais durante e após a doação. O órgão pode ser transplantado em algum parente até quarto grau e, no caso de pessoas que não sejam da família, somente por autorização judicial. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos.
País é referência mundial
O Brasil é considerado referência na realização de transplantes. Isso porque cerca de 95% das cirurgias são feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma totalmente gratuita. É oferecido assistência integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos, medicamentos pós-cirurgia, atendimento hospitalar em caso de emergência e apoio de profissionais como psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social.
São 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, sendo que o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes. O investimento anual do Ministério da Saúde no SNT, em 2010, ultrapassou R$ 1 bilhão.

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