quarta-feira, 14 de março de 2012

14 De Março Dia Nacional da Poesia

         

O FUNDADOR DA POESIA

 
O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor baiano Castro Alves. Poeta do Romantismo, foi autor de belíssimas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.Geralmente a expressão “poesia” se aplica à estrutura de texto em versos. Os versos são as “linhas” do poema. Um conjunto de versos forma uma estrofe.Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica.Poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. Para outros, a arte literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo grego que afirmava que “a arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”.
Declamando ou escrevendo, fazer poesia é expressar-se de forma a combinar palavras, mexer com o seu significado, utilizar a estrutura da mensagem. Isto é a função poética.
A poesia sempre se encontra dentro de um contexto cultural e histórico. Os vários estilos poéticos, as fases de cada autor, os acontecimentos da época e tantas outras interferências muitas vezes se misturam à obra e lhe dão novos significados.

                                       



VERSOS VIVER
 
Quem nunca quis morrer
Não sabe o que é viver
Não sabe que viver é
abrir uma janelas
E pássaros pássaros
sairão por ela
E hipocampos fosforescentes
Medusas translúcidas
Radiadas
Estrelas-do-mar... Ah,
Viver é sair de repente
Do fundo do mar
E voar...
e voar...
cada vez para mais alto
Como depois de se morrer!
Mário Quintana

Nenhum comentário:

Postar um comentário